quarta-feira, 6 de julho de 2011

4. Classificação dos Caules

Os caules são bem variados e por isso foram classificados em três tipos, de acordo com o meio em que vivem: aéreos, subterrâneos e aquáticos.


4.1. QUANTO AO HABITAT:

CAULES AÉREOS
São os mais comuns de todos e se desenvolvem ao o ar livre. Podem ser eretos, rastejantes ou trepadores.
Os caules eretos são aqueles que cressem acima do solo, na vertical para cima. Divide-se em seis tipos: tronco, haste, estipe, colmo, cladódio e filocládio.

Tronco:
 mais ou menos cilíndrico, resistente e ramificado. Pode atingir grandes alturas. Exemplos: mangueira, abacateiro, laranjeira, etc..
Haste: pequeno, pouco resistente. Exemplos: caule da couve, do feijão, etc..
Estipe: é cilíndrico e sem ramificações. Exemplo: caule da palmeira.
Colmo: é cilíndrico. Podem ser oco (exemplo: bambu) ou cheios (exemplo: cana de açúcar)
Caules rastejantes são os que se desenvolvem espalhando-se pele solo, onde se fixam por meio de raízes. Exemplos: morangueiro, aboboreira etc.
Caules trepadores são aqueles que cressem fixando-se em suportes, como estacas, cercas e muros. A fixação pode ser através do enroscamento do caule em torno do suporte (caules volúveis) ou através de elementos de fixação (caules sarmentosos).

Sarmentosos: apresentam elementos de fixação como, por exemplo, as raízes adventícias. Exemplos: ervilha, feijão etc.

CAULES SUBTERRÂNEOS

O caule subterrâneo desenvolve-se de baixo da terra. Podem ser de três tipos: rizomas, tubérculos e bulbos.
Os rizomas crescem junto à superfície da terra, emitindo ramos de folhas de espaço em espaço. Exemplos: banana, samambaia, etc.
Os tubérculos são usados como alimento. Acumulam nutrientes, caracterizasse por serem em geral muito grossos. A batata inglesa é um exemplo desse tipo de caule. Exemplo: batatinha.
Os bulbos são órgãos formados por raízes, caules e folhas. Alguns bulbos como o alho e a cebola, são usados na alimentação. Exemplo: cebola.




CAULES AQUÁTICOS
São capazes de absorver a água através da epiderme.


OBS:
Alguns caules apresentam modificações a fim de se adaptarem a uma determinada circunstância. Entre os tipos de caules estão: gavinhas, espinhos e cladódios.
Gavinhas são ramos modificados para a fixação. Ex.: videira.
Espinhos são ramos endurecidos e pontiagudos. Ex.: laranjeira. Os espinhos estão fortemente ligados ao caule, ao contrário dos acúleos que são facilmente destacáveis. Ex.: roseira.
Claudódios são caules compridos que assumem a função e o aspecto da folhas quando estas faltam. Ex.: figo-da-índia.

4.2. QUANTO À CONSISTÊNCIA:
Os caules podem ser classificados em:
HERBÁCEOS
Caules tenros, geralmente clorofilados, flexíveis, não lignificados, característico das ervas. Exemplo: moréia (Dietes bicolor - Iridaceae).
SUBLENHOSOS
Caules lignificados apenas na região basal, mais velha, junto às raízes e tenros no ápice. Ocorrem em muitos subarbustos. Exemplo: coroa-decristo (Euphorbia milii - Euphorbiaceae).


LENHOSOS
Caules intensamente lignificados, rígidos, geralmente de grande porte e com um considerável aumento em diâmetro, como por exemplo, os troncos das árvores. Exemplo: mogno (Swietenia macrophylla - Meliaceae).

4.3. QUANTO AO DESENVOLVIMENTO:


ERVAS
Plantas, geralmente, pouco desenvolvidas, de consistência herbácea, tenra devido à ausência de crescimento secundário. Exemplo: amor-perfeito (Viola wittrockiana - Violaceae).
SUBARBUSTOS
Plantas que alcançam aproximadamente 1,5m de altura, cujos ramos são sublenhosos. Exemplo: arnica (Arnica chamissonis - Asteraceae).
ARBUSTO
Plantas de altura média inferior a 5m, resistentes, com ramos lenhosos sem um tronco predominante, porque o caule ramifica-se a partir da base. Exemplo: ixora (Ixora undulata - Rubiaceae).
ÁRVORE
Plantas de altura superior a 5m, geralmente com um tronco nítido que apresenta crescimento secundário sendo que a parte ereta constitui a haste e a ramificada constitui a copa. Exemplo: pinheirodourado (Chamaecyparis obtusa - Cupressaceae).
ARVORETA
Árvore de pequeno porte, ou com tronco principal muito curto. Exemplo: pêssego-do-mato (Hexachlamys edulis - Myrtaceae).

4.4. QUANTO A RAMIFICAÇÃO:

A morfologia do sistema caulinar é amplamente determinada pelo tipo de ramificação apresentada.
Os principais tipos de ramificação são:

SISTEMA MONOPODIAL


Sistema monopodial

Onde o crescimento do caule se dá pela atividade de uma única gema apical, que persiste por toda a vida da planta.
Neste sistema, o eixo caulinar primário formado por tecidos derivados de uma única gema apical, é mais desenvolvido que os demais e cresce verticalmente, enquanto, os ramos laterais têm crescimento oblíquo e são menos desenvolvidos, como se vê na maioria dos pinheiros (Araucaria angustifólia - Araucariaceae).

SISTEMA SIMPODIAL

Onde várias gemas participam da formação de cada eixo. Isto acontece porque a gema apical cessa a sua atividade, sendo logo substituída por uma gema lateral, que passa a atuar como principal, e assim por diante, ou porque o eixo principal perde a sua dominância sobre os ramos laterais. Deste modo, o eixo principal é formado por tecidos originados das diversas gemas que se substituem gradativamente. As árvores, de uma maneira geral, apresentam o sistema caulinar do tipo simpodial.






Sistema monopodial
O caule pode ser classificado de diferentes maneiras, dependendo da característica analisada.

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